Caros colegas,
Recebi de um email
anónimo criado propositadamente para o efeito o seguinte email, que foi
remetido para mim (com o pedido de divulgação à turma) e para os Professores de
Direito Processual Administrativo. Já entrei em contacto com os Professores de
modo a tentar resolver o problema que me foi colocado, e que está relacionado
com o exame de recurso de DPA, em que saiu uma questão sobre a arbitragem, que
julgo não ter sido leccionada nas aulas.
Divulgo de seguida o
email em questão:
“Exms senhores
professores da unidade curricular de Direito Processual Administrativo da EDUM,
IUSTA CAUSA
IUSTA CAUSA
Escrevo na 1ª pessoa mas expresso sentimento de tantos outros alunos…largas dezenas.
Declaração de interesses: sou aluno trabalhador, esforçado, disciplinado, rigoroso e motivado para apreender.
Para espanto dos alunos, fomos confrontados com uma inaudita pergunta teórica no último exame de recurso - incursões sobre arbitragem.
Parecia uma
reminiscência com a prova global (concretamente, a pergunta - processos em
massa). Ainda assim, os alunos, neste caso, em sede espiritual e legal do atual
ensino bolonhês, estavam - ou deviam estar - preparados, pois esses conteúdos
programáticos, ainda que não lecionados, constavam em toda a bibliografia
fornecida pelos docentes.
Sucede que, agora, os
alunos sofreram um duro golpe de rins: foram confrontados com matérias (novas e
desconhecidas) que nem o maior entusiasta de Bolonha estava à espera. Ou seja,
não há na extensa bibliografia da unidade curricular, maxime, a de cunho
pessoal dos próprios professores da unidade curricular - uma única - referência
à Arbitragem. Atalhamos propositadamente o programa e os sumários da unidade
curricular porque, estes, também não foram afortunada e atempadamente
“informados” do que aí vinha…
Os docentes, em sede de
unidade curricular de cariz processual, paradoxalmente, escolheram uma matéria
que não é resolvida no interior dos tribunais, mas sim em gabinetes de
advogados (?), e com uma roupagem negocial extrajudicial. Tomara os alunos,
nesta fase, dominar os processos judiciais lato sensu, quanto mais os
negócios extrajudiciais…fora dos tribunais.
Respeitosos
cumprimentos,
Anónimo”
Anónimo”
11 comentários:
Infelizmente,depois de tantas questoes levantadas ao longo do ano lectivo, é evidente que a soluçao ja nao passa por contactar os docentes,mas sim instancias superiores. Esta visto que os docentes nao se importam minimamente com o aproveitamento dos alunos. Ja nao ha paciencia para tanta palhaçada!
Para os processos em massa ainda havia bibliografia específica! Agora isto...
É o chamado direito de acção popular, com as devidas e necessárias adaptações...
É de toda a conveniência e oportunidade fazer chegar ao sr. presidente da EDUM, via sra. delegada, um manifesto (racional) de pesar e nojo pela "morte" da seriedade e profissionalismo de determinadas unidades curiculares.
Os alunos saem extrema e comprovadamente prejudicados pela permanente indisponibilidade dos docentes (alguns), fruto das intensas actividades desenvolvidas por estes fora da universidade.
Eu, abaixo assinado, e espero que por muitos outros...
Obg
MRFF
os professores não percebem que os alunos só podem ser avaliados pela matéria exigível = tema, quantidade e tempo disponível; e não por matéria que fica de fora, por impossibilidade temporal, do programa possível?
(este comentário também pode seguir para os professores de DPA que, infelizmente, têm revelado um total desrespeito pelo ensino da cadeira aos seus, forçosamente, conformados alunos)
Também fui pessoalmente atingida por esta questão...E posso claramente afirmar que é uma vergonha que 5 valores do nosso exame sejam dedicados a uma matéria que não está em sumários, não está na bibliografia e não foi leccionada nas aulas...Realmente é uma coisa fantástica!!!
O Professor Wladimir hoje mesmo disse-me que irá averiguar o que se passou, de modo a resolver o problema suscitado pelos alunos em relação à pergunta teórica do exame. Espero ter, em breve, mais notícias por parte do Professor para saber de que forma será resolvido este problema.
Cumprimentos a todos!
Concordo com tudo o que foi dito. Mas não é com o anonimato que vamos ser ouvidos. Angela, sei que não foste ao recurso, mas deverias averiguar se os alunos que fizeram recurso estão de acordo e utilizarmos os meios legais, em nome de TODOS, para exercermos os nossos direitos e não me parece que possa sair uma matéria que não está contida no programa da disciplina. Mas espero que o Prof. Wladimir averigue bem a situação. Obrigada pelo teu esforço, Angela.
Já se sabe que soluçao vai ser dada ao problema.. Os professores respondem que vão ter em conta a questão levantada pelos alunos na correcção,dão as notas e fica tudo na mesma. Tendo realizado exame final,recurso portanto,estarei disponível para participar de qualquer medida conjunta que os colegas entendam que possamos tomar. Cumprimentos e parabéns pelo trabalho realizado Ângela.
AF
Como é que é possível que se chame ao exame matéria que não é sequer leccionada nas aulas?... Pergunto, como é que isso é possível?
Alguma coisa não está bem com estes professores.
Já não bastou a deserção observada por parte deles em relação à pouca pedagogia aplicada ao ensino da unidade, ainda colocam questões de matéria que nem sequer foi abordada nas aulas!!???
O pior disto é que nem sabiam que o que colocaram no exame não foi abordado nas aulas (por completo desinteresse); porque se soubessem não iam averiguar depois do exame; sabiam-no desde a elaboração do exame.
é assim eu não sei até que ponto é que para a frase em analise interessava falar acerca dos modelos da justiça administrativa, pois o facto de lá falar da arbitragem não significa que tivéssemos de falar acerca disso.
Se realmente a intenção era dissertar-mos acerca da arbitragem ai os professores falharam, novamente.
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